"A
vontade que eu tinha naquele momento era de esquecer tudo, as brigas,
aquelas palavras feias que dissemos um ao outro e correr, correr para te
abraçar. Talvez correr não fosse bem cabível, já que a madrugada
adentrava meu quarto. Mas eu queria ligar, assim, no meio da noite mesmo
e dizer aquele ‘eu te amo’ que ficou entalado na garganta e nunca
chegou a sair.
Queria te enviar um email com as fotos
que a gente nunca chegou a tirar, ou te fazer juras, promessas, queria
te prometer aquela lua que me dava essa coragem insana de te escrever.
Queria te dar meu coração que você nem soube que teve, já que a minha
boca se concentrava só em te beijar. As palavras não se faziam
necessárias quando a eternidade era aquele momento.
Poderíamos
ter sido tudo, né? Escolhemos ser saudade. Uma saudade doída, bem
amargurada, daquelas que apontam e dizem desdéns. Pouco me importa. O
que importa mesmo é que essas palavras você nunca chegará a ler. E um
nunca com o peso que tem. Um peso de eternidade. Um NUNCA com letras
maiúsculas para não causar conformidade. Um nunca sabor salgado de
lágrima. Um nunca recheado de saudade." (Matheus Rocha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário